quarta-feira, 23 de maio de 2012

Planos de Mobilidade para a Grande Vitória

Boas novas!
Ao que tudo indica, o Governo Capixaba está fazendo um esforço para que os contribuintes não enlouqueçam como os de São Paulo, que enfrentam hoje mais de 230km(motivo pelo qual não tenho vontade alguma de ir pra lá).
No intuito de desafogar o trânsito, eles pretendem acelerar a implantação do BRT e de um mini-terminal da Reta da Penha. Além disso, o túnel entre a Enseada do Suá e a Glória também será edificado em breve.
Falando em "breve",  o Estado está terminando de fazer os estudos sobre as novas embarcações para fazer a travessia da Baía de Vitória.
Tudo muito bom, tudo muito bem...
Mas aí, vem a seguinte pergunta: Os corredores vão ocupar as faixas centrais das pistas de rolamento. Estou certo de que alguns pontos de ônibus do lado da direita continuarão a existir. Como é que os carros(muitas vezes articulados) farão essa transposição de faixa com impacto mínimo no trânsito?
Outra questão são as lanchas: quando elas ficarem prontas, elas vão usar os mesmos (poucos) atracadouros de antigamente? Quando a PISA encerrou as atividades, havia 4 atracadouros apenas: Glória, Dom Bosco, Centro de Vitória e São Torquato. Espero que, além dos citados, ponham paradas na Rodoviária de Vitória, Shopping Vitória,  Alto Lage,  Camburi e Praia da Costa.
Mas e quanto às soluções simples?
Sim, todas essas soluções são complexas e caras. Só que temos de botar na ponta do lápis as mais baratas e eficientes também, como um canal direto entre as secretarias de obras e trânsito(de todos os municípios metropolitanos e as do Governo). Além disso, elas precisam ter comunicação com o pessoal do Transcol, Sanremo e GV Bus. Quantas vezes estávamos num ônibus e ele entrou numa rua interditada, tendo que fazer um desvio e, invariavelmente, complicando o trânsito todo? Se as empresas soubessem de antemão as obras planejadas, elas poderiam traças rotas alternativas, reduzindo o impacto no trânsito.
Semáforos. Sim, eles são um dos grandes vilões do trânsito, pois a sua dessincronização acaba tolhendo o tempo de todos. A Dante Micheline é um exemplo claro de dessincronização. A velocidade é de 60km/h. Quero ver, você largar de um sinal, alcançar os 60 e cruzar toda a avenida sem pegar um único sinal vermelho. É impossível. Já tentei inúmeras vezes. Quando chego ao Aruan, acabo pegando sinais fechados.
Outro problema relacionado aos semáforos são o excesso deles. Um caso clássico é o da Rod. Carlos Lindemberg, no trecho que compreende Aribiri e a Glória: são 8 sinais para quem segue no sentido IBES desde o Banco do Brasil até o Posto Sete. OITO! E isso é um trecho de apenas 1 km!
Além disso, ainda temos obras planejadas que são feitas em horários totalmente impróprios, como os rushes matinal e vespertino. Ontem mesmo, eu passei por um carro de limpeza de rua que fechava uma das 3 pistas da Carlos Lindemberg na Glória, lá pras 18:10... A questão é que ninguém quer saber de pagar os extras para fazer uma intervenção num horário de pouco movimento, preferindo travar o trânsito, em vez disso.
Agora falta saber quando teremos um sistema de metrô subterrâneo e trem metropolitano.
Sem contar que, para atenuar o problema de transporte, devemos descentralizar os empreendimentos de Vitória, reduzindo o fluxo para a capital o máximo que der.

NdA: não dá pra só pensar pequeno quando se fala em mobilidade urbana

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